sábado, 7 de novembro de 2009

Atendimento em uma sorveteria (ou falta dele?)

Uma pesquisa realizada nos anos 80, talvez até conhecida por muitos, afirma que 68% dos consumidores que mudam de empresa ou de serviço o fazem por indiferença por parte do vendedor. Uma recente pesquisa informal realizada pela Associação Comercial de Ubatuba também confirma essa realidade. Uma pesquisa mais formal e técnica realizada pela TNS InterScience no ano de 2008, revela um dado ainda mais preocupante: 95% (isso mesmo, quase a totalidade) dos consumidores estão dispostos a pagar mais quando são bem atendidos.


É sobre esse atendimento , aliás, sobre a falta dele, que quero contar um ocorrido na noite de ontem.

Após ter assistido a Missa na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, resolvi ir até uma sorveteria.Ao entrar no local, perguntei ao rapaz (filho do dono do estabelecimento) sentado do outro lado do balcão: "Qual o preço do sorvete com casca de chocolate?", ao que a resposta dele foi o dedo apontando pra placa indicativa dizendo "Ali oh!". Ou eu sou um desatento e não havia notado a placa que por obrigação deveria ter notado, ou ele não tem a mínima noção de atendimento a cliente.

Enquanto tomava o sorvete, observei uma pessoa interessada em colocar créditos no celular perguntando ao dono do estabelecimento:"Recarga da Claro, você tem de qual valor aí?", e o dono do estabelecimento respondendo: "O preço tá aí..." enquanto apontava o indicador para os cartões disponíveis. Ou ele também é um desatento e não havia notado o preço dos cartões disponíveis que por obrigação deveria ter notado, ou o dono também não tem a mínima noção de atendimento ao cliente, "é hereditário" - pensei eu.

O filho do dono resolveu ir embora (sua casa fica logo acima do estabelecimento comercial) e daí ele grita: "Pai, o desse rapaz foi um Sorvete Cascão com casca de chocolate, R$ 1,75". Se, por um lado eu pudesse sair e dizer que comprei algo de menor valor para tirar vantagem, e ele, por não me conhecer tivesse o dever de estar atento a isso, por outro lado não vejo como adequada esse "gritar", como quem dissesse "Pai, fica de olho nele tá?". Se quer repassar essa informação, existem outras soluções e ferramentas muito baratas que podem ser utilizadas, a boa e velha comanda de papel, por exemplo, pode ser encontrada em qualquer papelaria por preços inferiores a R$ 1,00.

Com esse calor, o sorvete sempre derrete e acaba sujando nossas mãos (e o pior que sujei as duas), então resolvi pedir um guardanapo, e o dono do estabelecimento me disse: "tem uma torneira ali no fundo, pode lavar as mãos lá". Notei que abaixo da torneira haviam dois fracos de cobertura para sorvete vazios - "usar a pia como lixo não é uma atitude muito sábia" - pensei eu.Na mesma pia, a uma distância de poucos centímetros da torneira, estavam algumas alfaces, ou seja, enquanto as pessoas lavam as mãos a água e o sabão espirram sobre as alfaces.

Ainda bem que não comprei alfaces.

Fui embora...

4 comentários:

  1. bem, muitos lugares tem esse sério problema de falta de "prestatividade" se o cliente pergunta é óbvio q ele quer saber e se quer saber é uma ótima oportunidade de "fechar a venda" uma resposta seca ou apontar de dedos com certeza soa muuuito agressivo pois nunca se sabe o real motivo da pergunta, a pessoa pode não enxergar, ou não saber ler por exemplo...tsc tsc, é um caso hereditário sim, mas provém da falta de preparo geral...caso sério esse...

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  2. Menino, eu no seu lugar faria um escândalo.
    HOje quase estouro com um cobrador...

    esse povo que não gosta de gente é um problema

    beijo Everton !

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  3. Ci.
    Realmente, eu sei ler, mas eu não havia notado o cartaz...nada justifica um mal atendimento...

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