quarta-feira, 9 de junho de 2010

Marketing é uma profissão “do mal”?

O preconceito existe, e não é pequeno. Elas vão desde equívocos até a preconceitos totalmente ridículos.

Logo que entrei na faculdade ouvi alguns comentários distorcidos tais como “Cara, que beleza, agora tu vai aprender a enganar a galera” , um outro ainda mais ousado (e mais ignorante e estúpido também) exclamou: “Tu vai sair da faculdade com um 171 do caralho!!!”

Se assim fosse, obviamente o marketing seria uma “profissão do mal”, algo semelhante a um traficante de drogas, ou um estelionatário, mas essa não é a realidade.

O que é o Marketing?

Existem diversas definições, mas vou citar somente uma, que também foi a primeira com a qual tive contato , logo que entrei na faculdade, na primeira aula:

“Marketing é a arte de criar e distribuir um produto ou serviço de forma econômica e rentável, de maneira a atender plenamente às necessidades e aos desejos de um consumidor." (Kotler).- Grifos meus.

Atentemos para as três partes que grifei na definição de Kotler:

1)Marketing é uma arte: O Marketing, em sua história,já foi cálculos, já foi administração empresarial, e já passou por diversas mudanças, mas hoje é considerada uma arte. Na atual dinâmica do mercado, o profissional de marketing deve ser um verdadeiro artista, entendendo os anseios do seu consumidor alvo para satisfazê-lo. Com a rapidez com que os gostos e as necessidades mudam, faz-se necessário que o profissional seja dinâmico e em constante transformação.

2)Forma econômica e rentável: O Marketing vista descobrir formas de satisfazer o consumidor de uma forma eficaz, com o mínimo de gasto, trazendo (obviamente) um retorno financeiro à empresa. Aqui entende-se que, embora a única fonte de lucro de uma empresa seja o consumidor, esse lucro deve ser apenas a consequência de uma necessidade do consumidor, que foi atendida pela empresa. Alguns estudiosos, inclusive, dizem que a função do marketing é tornar a venda obsoleta, fruto de uma necessidade atendida de forma plenamente satisfatória.

3)Atender plenamente às necessidades de um consumidor: Se antigamente as empresas focavam na produção ou nas vendas, hoje o foco é a vontade do consumidor. E quebra-se o título do tópico e o grande preconceito de uma parte das pessoas que julgam o Marketing como mau ou como “empurrologia”. O Marketing não parte do pressuposto de apresentar o produto ao consumidor, mas sim o inverso, de fazer um produto conforme as necessidades e desejos do mesmo.



Também precisamos deixar claro que o marketing é muito mais do que a ignorância popular costuma pregar, como sinônimo de propaganda ou de vendas. Embora a propaganda e a promoção de vendas, sejam partes do marketing, elas nunca podem existir sem um bom trabalho de planejamento anterior. A propaganda por si só não é capaz de nada e a promoção de vendas necessita um planejamento para que funcione de forma eficaz. E aqui se dá um grande erro, por exemplo, dos micro-empresários, que acham que BASTA fazer um anúncio e colocar em determinado lugar para que dê resultados.

O marketing , em se tratando de propagandas, visa estudar, analisar, entender e adaptar os anúncios, baseando-se em pesquisas e dados empíricos, conforme a necessidade da empresa, atingindo o público-alvo pré-estabelecido de uma maneira eficaz.

No caso das promoção de vendas, o marketing não visa “ensinar o vendedor a enganar” ou fazer “lavagem cerebral” como muitos pensam (Aliás, isso é algo que todo profissional de marketing abomina e trata com desprezo!), mas visa fazer exatamente o contrário, capacitar e dar treinamento à equipe de vendas, afim de que eles tenham a consciência e consigam tratar o consumidor da melhor forma possível.

Autor: Everton do N. Siqueira - Estudante de Marketing
Originalmente publicado no site www.pontomarketing.com.br

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